No vídeo, que se espalha por grupos de caminhoneiros no
WhatsApp, o homem manda o recado em frente a uma impressora industrial que
mostra centenas de adesivos prontos para serem colados nos vidros dos veículos.
Em outro vídeo caseiro gravado em São Paulo, em meio a uma
sequência de caminhões que bloqueavam uma rodovia, um motorista grita:
"Representando o caminhoneiro brasileiro, o transportador de carga. Aqui
tem brio, aqui tem sangue. (Estamos) parando São Paulo, parando o Brasil e indo
para Brasilia destituir os três poderes corruptos. Intervenção militar já. O
povo está cansado de sustentar estes corruptos. Aqui é patriota."...
Chegando ao quarto dia, com reflexos em abastecimento e
transportes de pelo menos 15 estados, mais o Distrito Federal, a greve
organizada por caminhoneiros extrapolou sua pauta inicial, concentrada na exigência
da redução nos preços dos combustíveis,
e vem ganhando pleitos difusos - incluindo o discurso anti-corrupção, que
inclui vozes em apoio à intervenção militar, vindo tanto de dentro quanto de
fora do grupo.