A carga pertence ao prefeito Zé Filho, dono de um grande frigorifico de abate bovino da cidade |
O município de Riachão do Jacuípe, BAHIA, localizado às margens da BR 324 é um dos pontos da greve dos caminhoneiros desde a última segunda-feira, 21, onde reúne centenas de caminhões de com placas de várias cidades do Brasil, na manhã desta quinta-feira, 24, um assunto que tomou conta das rodas de conversas entre os manifestantes foi a não permissão da saída de uma carga de carne de Riachão para Salvador, cuja mercadoria pertence ao prefeito José Ramiro Filho, popularmente conhecido por Zé Filho (PSD) proprietário de uma dos maiores frigoríficos de abate bovino de toda região.
Uma assembleia foi realizada para decidir pela liberação ou não da carga de carne e de forma unânime não foi aceita, mesmo sendo ofertado um boi |
Dodô fez uma proposta, segundo ele passada pelo prefeito que
daria um boi para churrasco, mas ao que parece não liberaria nem se fosse pela
carga toda | Foto: Raimundo Mascarenhas
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A partir daquele momento iniciou-se uma verdadeira batalha
para que fosse liberado o carro, até que por volta do meio dia um caminhoneiro
natural de Riachão conhecido por Dodô, usando um carro de som estacionado
debaixo de uma árvore convocou a maior quantidade possível de caminhoneiro,
pois, segundo ele queria passar uma proposta do prefeito para avaliação
de todos. A proposta seria, os caminhoneiros liberariam a carga e deixava o caminhão
e ele daria um boi de gratificação, mas a proposta foi motivo de repúdio entre
todos que de forma unânime mantiveram suas mãos abaixadas.”Se oferecesse
uma boiada a gente não aceitaria”, gritou um deles.
Carga em questão é deste baú do mei0 | Foto: Raimundo Mascarenhas |
Um caminhoneiro que não teve a identidade revelada viu como
uma falta de bom senso do gestor, segundo ele, já deixaram o carro passar
dois dias, “mas hoje entendemos que pela falta de bom censo e respeito a todos
nós aqui, resolvemos segurar. Tem vários caminhões com cargas estragadas aqui e
só porque é o prefeito acha que devemos ceder, se ao menos tivesse a humildade
de vim aqui procurar saber se a gente estava precisando de alguma coisa, ainda
assim tinha que ter a ética de não colocar o carro para rodar, para não quebrar
o nosso movimento”, lamentou o caminhoneiro.
O caminhoneiro de Conceição do Coité, Messias Coelho, disse
que foi parado na segunda-feira quando se dirigia de Coité para Salvador
transportando Farelo. Segundo ele está sofrendo as consequências mas afirma que
é por uma causa justa, ele também protestou a ideia do prefeito ao tentar
liberar a mercadoria dele enquanto tem mais de 10 caminhões com produtos
perecíveis desde quando iniciou a paralisação.”Tem caminhões carregados de
repolhos praticamente perdidos, porque teria que liberar o dele.Greve é greve,
se oferecesse a gente o frigorifico todo não resolveria o problema”, afirmou
Messias.
A redação do blog conversou também com Jorge de Itabaiana – SE que
disse ser amigo do Luizão, segundo ele o colega que ficou famoso com seus
analises em redes sociais está revoltado com tudo isso. Jorge disse que a greve
não incomoda ele, o que está incomodando é o descaso do Governo para com os
caminhoneiros. A Petrobras amuniciou alivia pra gente por 15 dias mas isso é
uma gozação com a cara da gente.Tem abaixar o preço do diesel e do pedágio até
o final do ano, muitos impostos que pagamos, sempre colocando radar pra multar
a gente, acho que é abusar da gente caminhoneiro, se a gente sai de Teixeira de
Freitas pra São Paulo pagamos trezentos e oitenta reais num caminhãozinho, o
frete de Teixeira de Freitas está congelado há cinco anos, no valor de três mil
conto, quando a gente pagava o óleo a um real, hoje chegou a três e oitenta, ai
quando vamos pra ponta do lápis a conta não fecha”, afirma o sergipano. Por: calilanotícias